Em julho o grupo viaja para São Paulo onde ficará em imersão criativa, juntamente com a diretora, em busca das nuances e delicadezas das cenas criadas.
Afinando o roteiro...
Um caminho novo, estranho e sedutor. Nenhum alongamento ou aquecimento específico, nenhuma teoria, nenhuma técnica de improviso, nenhum jogo, apenas nós e os objetos de memória. Na busca pela poesia, um encontro com as emoções que o objeto faz revelar, na relação e no envolvimento com ele.E assim vimos surgir aos poucos, dia após dia, o amadurecimento do processo.
Afinando o roteiro...
Julho Chegou.... e nós chegamos em São Paulo.
Durante cinco dias reviramos um baú lotado
de histórias pessoais que trouxeram à tona memórias da infância, do colegial,
de perdas, das ingenuidades, dos quereres, dos sonhos, dos não pertencimentos.
Ficamos imersos em uma sala preta (o
espaço do Grupo Sobrevento): os atores Jô e Laércio, a diretora Sandra Vargas, a
produtora Laura Osório e o amigo Alex Souza, artista e pesquisador do teatro de
objetos (doutorando em Teatro de Animação).
Repassamos, revisamos e revisitamos histórias
já selecionadas no primeiro encontro com a diretora, em outubro de 2014. Era hora da primeira lapidada dramatúrgica:
escolhas, cortes, síntese, acréscimos.Um primeiro esboço de quem são e onde
estão estes personagens...
Uma revelação.
Nesta semana, uma primeira revelação nos
deixou um tanto "suspensos": os exercícios que vivenciamos nas
oficinas ministradas pela diretora, tem a função de proporcionar uma primeira
compreensão da lógica do teatro de objetos, necessária para então transcender esta lógica. Palavras da
diretora a partir de seu olhar sobre o teatro de objetos. Foi um susto!
Trazíamos na bagagem algumas cenas
preparadas com base nos exercícios realizados nas oficinas, que surgiram a
partir da forma dos objetos, de seus conteúdos (cor, função, especificidade) e
das metáforas decorrentes da relação do ator com cada objeto.
A partir desta premissa, percebemos que
nosso trabalho era não nos limitarmos a esses conceitos, mas sim avançar, ir
para um outro lugar que não sabíamos como era e onde iria chegar.
Lá fomos nós, saltando no abismo,
inseguros, tensos, mas igualmente livres e confiantes no olhar da diretora, rumo
à construção de pequenas dramaturgias surgidas a partir do objeto, da memória
dos atores e das possibilidades de metáforas e poesia em cada história
revelada.
Um caminho novo, estranho e sedutor. Nenhum alongamento ou aquecimento específico, nenhuma teoria, nenhuma técnica de improviso, nenhum jogo, apenas nós e os objetos de memória. Na busca pela poesia, um encontro com as emoções que o objeto faz revelar, na relação e no envolvimento com ele.E assim vimos surgir aos poucos, dia após dia, o amadurecimento do processo.
Depois de uma semana voltamos pra casa carregando
alguns baús cheios e uma lista de “tarefas de casa”. Dentro de uma semana voltaríamos a nos
encontrar.
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